Família,
Continuo embriagado. Tentei escrever na madrugada do título, mas não consegui. Tentei ontem e nada. Só hoje, literalmente a-g-o-r-a que estou tendo condições físicas, psíquicas e psicológicas pra fazer algo. Eu não sei muito o que escrever. A ausência de títulos importantes me deixou, digamos que, anestesiado. Estou saindo da anestesia, mas continuo em observação.
Não sei se falaria melhor do “ valor” do título do que qualquer outro tricolor, nem tentarei me sujeitar a isso. Porém, a festa que participei em Brasília, foi Maravilhosa!
Inúmeros bares lotados. Cerveja, mulher, foguetes, fumaça para todos os lados. Estava no Bom Tempero, reduto digno de tricolores na Asa Norte de Brasília. Muita vodka na cabeça e muita festa.
Um Salve! nota 10 pro Junior Cysne, que comandava a bateria como ninguém, sem deixar o ânimo cair em momento algum.
Uma das coisas que mais me emocionou naquela noite, foi um colega que conheci (lamento, não me lembro o nome) e me apresentou o sobrinho. O garoto devia ter, no máximo, 11 anos. Camisa tricolor, bandeira em punho, lá estava ele, cantando, gritando e chorando. A emoção daquele garoto comemorando o 1º titulo de importância nacional do Fluminense, realmente me comoveu. Abracei e beijei esse garoto inúmeras vezes. Confesso, eu me enxergava nele anos atrás. Explico.
Pela árvore genealógica da minha família, eu deveria ser Vasco. Meu pai, Elpidio Vianna era Banguense; meu irmão Darcy Flamenguista; Adilson Tricolor;Lacyr Tricolor, Gilson Vascaíno, Nilson Tricolor e Rosemary Vascaína. Bem, além de ser meu irmão, Gilson me batizou, tornando-se meu padrinho(coisa que antigamente tinha alguma importância). Ele e minha irmã, me vestiam de Vasco quando moleque, até os 5 anos. Dava camisa, bola, tudo. Meu irmão Lacyr, que não era besta, adorava fazer mágicas nos aniversários, e sempre lá estava ele fazendo aparecer alguma coisa( fosse bola, bandeirinha, jogo de botão) com símbolo do Fluminense.
Meu irmão Nilson, que já estava morando no Rio, tentava me comungar com o Fluminense. Bem, graças a ele, não demorou muito. Em pouco tempo estava eu tendo minha estréia no Maior do Mundo diante do Corinthians.
O tempo passou e me senti numa posição parecida com a do colega citado acima. Minha irmã Vascaína, tem dos filhos, e o pai deles é Flamenguista. Mas e daí?! Eu sou tricolor porra, sou O TIO tricolor!!! Catequizei esses garotos logo cedo, e meu eterno ídolo Ponta-Direita, me deu uma força. No título da barrigada os levei ao aeroporto de Brasília pra conhecerem o Renato e o time do Flu que faria um amistoso na Capital.
Estava feito, eles se tornavam tricolores.
Pra minha felicidade, eles vibraram ,e muito,com o titulo da Copa do Brasil. Minha sobrinha estava comigo, junto da minha noiva, e meu sobrinho, estava com alguns tricolores bebendo pelos bares de Brasília.
Foi lindo, está sendo lindo e o que eu mais quero é que o Fluminense, o Meu Fluminense, volte a fazer isso com mais freqüência.
Eu já havia esquecido como é bom ser feliz assim.
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