O Tricolor e Príncipe Pedro Luiz de Orleans e Bragança, infelizmente estava no vôo 447, junto com tantos outros Brasileiros e estrangeiros. Sei pai, Dom Antônio de Orleans e Bragança, deu uma entrevista para a revista Época,na qual destaco os seguintes trechos:
ÉPOCA – Como está a família diante desta perda?
Dom Antônio de Orleans e Bragança – Conformados. Somos católicos de muita fé e respeitamos a vontade de Deus. Estamos rezando muito e isso tem nos ajudado muitíssimo. Muitas pessoas, em horas de sofrimento como esta, questionam erradamente a bondade de Deus. Penso que meu filho era bom demais, e talvez por isso Deus tenha o chamado para perto mais cedo. O problema é a saudade, que é muita.
ÉPOCA – Como o senhor soube do acidente?
Dom Antônio – Tenho o costume de ligar a televisão para ver notícias assim que me levanto. Na segunda de manhã não foi diferente. Já trocando de canal, vi uma informação pela metade sobre um problema com avião da Air France. Mas não sabia origem e nem destino. Num outro canal, fiquei sabendo que era Rio-Paris. Preocupei-me duplamente, já que, além de meu filho, que tinha partido no voo das 19h30, minha sobrinha Alice tinha ido no voo anterior, de 16h40. Quando soube que era o de Pedro Luiz, chamei a mãe dele. Pedi que ela se sentasse e contei que o avião estava desaparecido. Ela é uma pessoa extremamente calma, mas, como mãe, era impossível que não se desesperasse. Desde então estamos acompanhando tudo. No começo tínhamos esperança de que ele voltasse. Agora essa esperança se foi.
ÉPOCA – O senhor o levou ao aeroporto no domingo?
Dom Antônio – Eu, minha esposa e nossos outros três filhos. Havíamos passado o fim de semana
ÉPOCA – Como era o temperamento de Pedro Luiz?
Dom Antônio – Como pai, sou suspeito para falar. Mas quem conviveu com ele também dizia que era um rapaz espetacular. O chefe direto dele me telefonou da Europa para dizer que havia perdido um filho. Os amigos estão inconsoláveis. Ele gostava muito de esportes. Além de golfe e tênis, também jogava futebol muito bem. Torcia pelo Fluminense, como toda nossa família.Também gostava muito de música. Da música moderna, como todo jovem, mas também da clássica, o que era uma fator de união muito grande entre nós. Ele viajava de carro pela Europa ouvindo música clássica e muitas vezes me telefonava e colocava o celular perto da caixa de som para que eu ouvisse o que ele estava ouvindo. Era muito bonito. Vou sentir muita falta disso.
Fonte: Revista Época
Grifo do Blog - Que a familia e todos os afetados por essa fatalidade, encontrem a paz e a sabedoria para conseguirem seguir em frente, mesmo com essa dor incomparavel.
Um comentário:
Que ele e todos os passageiros dessa fatalidade descansem em paz.
Amilcar
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