sábado, 5 de maio de 2007

Roger, a interrogação de sempre

Muitos tricolores sonham diariamente em ter Roger, novamente, vestindo a camisa do Fluminense. Esses mesmos tricolores ficarão malucos, quando acordarem e lerem que o Roger foi dispensado pelo Corinthians. Motivo: Incompatibilidade com o Grupo.

Esse mesmo grupo de tricolores, que é grande, vai dizer: Que venha pro Flu, pra “casa” dele, lá não vai haver incompatibilidade.
Bem, minha pergunta simples é: Roger, ainda quer jogar futebol?

Roger pra mim é um jogador demasiadamente valorizado, sem ter feito 1/3 do que devia, pra ser tão badalado. É habilidoso, tem técnica e... Bem, acho que só.

Raça não tem, disciplina tática nenhuma, nunca foi bem quisto com nenhum grupo que tenha trabalhado - Fluminense, Benfica e Corinthians – e ainda se preocupa mais com sua imagem, fora das quatro linhas, do que dentro.

Sinceramente, não sei o que o credencia a voltar ao Flu. Não me recordo de nenhum momento “marcante” – de forma positiva – que abra meu desejo com relação ao Roger. Dribles, firulas, belos gols...bem se for seguir por esse caminho vamos esbarrar em jogadores menos badalados e que de certa forma honraram mais a camisa do Fluminense, do que ele.

O que muito torcedor não entende – e porque não quer – é que pela primeira vez o Fluminense está começando um trabalho de zero. Pode não estar sendo bem sucedido no momento, mas é preciso tempo. Não podemos no meio do caminho, nos desvirtuarmos do objetivo por causa de um jogador que jamais, digo JAMAIS, acrescentou coisas boas ao Clube.

O torcedor não pode ser refém de pequenos lances, pequenas vitórias. Sei que é só isso que ele tem no momento, mas é preciso pensar adiante, estar a frente do que desejamos para o Fluminense. Precisamos ser maiores do que já fomos, porque nunca fomos tão grandes quanto imaginamos.


Confesso que por pouco tempo invejei o Roger no Corinthians – assim como o Carlos Alberto -, porque foi Campeão por lá, coisa que aqui jamais conseguiu. Mas o tempo, sempre ele, agiu e mostrou que é um preço muito grande a se pagar e, se falando em “preço”, é um jogador muito caro, mas muito mesmo, pro pouco que acrescenta.

Chego a arriscar que no Brasil não há um jogador em atividade, que foi mais valori$ado, salarialmente, que o Roger, nos últimos 10 anos.

Hoje, prefiro vê-lo num outro clube, acompanhar seus lances pelo Fantástico e em seguida assistir meu time dando a volta olímpica nos próximos campeonatos.

Num grupo que quer ser vencedor, que precisa ter união, que precisa de equilíbrio pra se trabalhar, é praticamente impossível que o Roger se encaixe.

É Roger, você continua sendo a interrogação de sempre, mas aos meus olhos, só vejo reticências...

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