O Fernando Henrique é um dos grandes retratos que exemplificam o Fluminense hoje. Não consigo entender o que o mantém no elenco. Não consigo entender como um bom preparador de goleiro se permite continuar treinando um jogador como ele.
O inquestionável é sua técnica (?) ou ausência da mesma. Sai mal do gol, repõe a bola somente com chutões, tem muito reflexo, mas não sabe usa-los. No jogo contra o Boavista, ele mostrou um dos piores defeitos de qualquer goleiro: a falta de foco(objetivo). No momento em que sai do gol pra dar o combate ao atacante do Boavista, percebe-se que não sabe o que fazer. Não sabe se sai do gol pra pegar o jogador, tirar a bola, tirar o jogador, pegar a bola ou qualquer outra coisa. Não consigo identificar absolutamente nada em suas ações. Ele simplesmente sai do gol por sair. Seu semblante é o raio-x do que estou dizendo. Após chocar-se com o jogador, ficou com uma cara de assustado-que-sou-que-merda-que-eu-fiz-que-nunca-sei-fazer-nada.
O FH me faz lembrar da minha época de Escolinha de Futebol. Fui goleiro de Futsal por quase 15 anos, inclusive com passagens nas seleções de base. Ser goleiro pra mim era tudo. Era muito bom tentar impedir um gol, torcer pro atacante soltar o pé e eu fazer a defesa. O FH me lembra alguns dos garotos que conheci nesse caminho. Chega levado pelo pai, encorajado e cheio de tapinhas nas costas do tipo: Vai filhão, você é o máximo! Aquele garoto que não consegue jogar vôlei, basquete, peteca, odeia automobilismo e na linha é uma desgraça. Como o pai é louco por futebol, tem que colocar o filho pra fazer algo que lhe dê alegrias, uma ao menos. Não da outra, leva o menino numa escolinha e joga ele no gol.
O tempo passa e o moleque vai crescendo, acreditando que ele realmente é um goleiro. Mesmo sem técnica, mesmo sem vontade, apenas com incentivos da família e amigos (?). Um pulinho aqui, uma ponte ali e ele vai fazendo o seu filme
O tempo passa e essa criatura se torna goleiro profissional de um time tradicional do Futebol Brasileiro. Pra se destacar, mesmo com ausência de tudo que já citei, precisa somente dos holofotes, dinheiro no bolso, alguns lampejos e quem sabe, um bom padrinho.
Pronto, assim nasce um Fernando Henrique.
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